Tipo: BUCOMAXILOFACIAL
RESPONSÁVEL TÉCNICO: Dr. Adriano do Valle Fernandes

2B: SEGUNDO CASO CLÍNICO

Paciente A.G.S., do sexo masculino, 41 anos, melanoderma, vítima de acidente de trabalho com trauma na região frontal por choque
contra uma pedra (Figura1), atendido inicialmente no ambulatório do Hospital Maria Amélia Lins da FHEMIG em 26/07/01. Suas principais queixas eram, naquele momento, cefaléias freqüentes e dor na região supra-orbitária esquerda.
No exame inicial o paciente apresentou-se deambulando, verbalizando bem, orientado, corado e hidratado. Exibia afundamento na região frontal esquerda (supra-orbitária), além de ferida corto-contusa suturada na região e obstrução nasal parcial
esquerda. Os testes não evidenciaram oftalmoplegia. O paciente negava presença de diplopia, queixando-se porém de embaçamento
da visão esquerda, o que mais tarde involuiu. O diagnóstico foi fratura de tábua externa de osso frontal na região supra-orbitária
esquerda e fratura dos ossos próprios do nariz.
Tomografias computadorizadas comprovaram tratar-se de lesão restrita à tabua externa do seio frontal , sem portanto comunicação
com a cavidade craniana. Em 17/08/01, o referido paciente foi admitido no bloco cirurgico do HMAL/FHEMIG onde submeteu-se
à delineação do defeito ósseo com caneta de marcação sobre a pele.
Fez-se incisao de cerda de 0,5cm na região do canto superior e medial da órbita esquerda, logo abaixo do supercílio, e posterior
deslocamento subperiósteo por toda a extensão delineada do defeito, seguido da implanção de aproximadamente 4g de Hidroxiapatita
granular HAP-91 e sutura por dois pontos interrompidos de nylon 4-0, que foram removidos 13 dias depois durante controle ambulatorial. Optou-se por tratamento conservador (preservação) da fratura do nariz.

Até o último controle pós-operatório, de 120 dias, o contorno facial estava restabelecido e o paciente extremamente satisfeito com a
cirurgia. Porém queixas visuais intermitentes e subjetivas levaram-no a nova avaliação oftalmológica, não tendo retornado até o
momento.
A Figura 3a é a HAP-91 numa cuba e a Figura 3b é a HAP-91 numa seringa.

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